Educação e comunicação para o ócio

A escola sempre encarou o ócio como um tempo morto, um período de repouso-intervalo ou de actividades extra escolares, um espaço de tentações, distracções da produtividade - os ataques à televisão, por parte do aparelho educativo, e o Homo academicus vão sempre neste sentido.


O problema do rendimento escolar hipotecado pelo ócio deve ser invertido. Na realidade, o ócio domina hoje o sistema educativo, impondo sistemas de atracção e de sedução do aluno.

O livro escrito pelo presidente da Sony alemã, Josef Brauner, aplica uma fórmula nova: entre tempo de trabalho e tempo livre, a união seria "tempo para viver". Ambos - ócio e trabalho - o são, e a fronteira que os separa artificialmente não deve ser alargada.

O ócio permite ao cidadão aceder a etapas superiores da recreação através da noção de "apreciação", ou seja, graças a um período de formação que acompanha o ócio, o individuo passa a ser capaz de fruir de todos os aspectos de um produto cultural.

Sem paternalismo, mas com a consciência de uma nova profissão, é preciso orientar o ócio como qualquer outro tipo de actividade, uma vez que o ócio não é descanso, mas comunicação.

Fonte: Comunicação e Educação na Sociedade da Informação
(Porto Editora - 2007)

Quando temos dificuldades na conversão de medidas...?

Quando temos alguma dificuldade na conversão de qualquer de medida, desde metricas, electricas, volume ou massa, até saber o fuso horário correcto entre cidades a volta do mundo...!


Se o podemos fazer de forma fácil, automática e on-line, basta ter acesso a Internet e conhecer este site: http://www.convertworld.com/pt/
Podemos optar pelo idioma da nossa preferência...!!

Vamos nos divertir e desenhar...!

Para aqueles que gostão de se divertir desenhando uma caricatura dos amigos ou dele próprio aqui temos um site bem divertido que o permite fazer...!!

Depois clicar na tecla PRT SC do teclado...

Abrir o programa Paint que se encontra nos Acessórios do computador...

E já está...!

Soluções simples para problemas diários

Por vezes os problemas mais cabeludos podem ser solucionados da forma mais simples.


Porque sempre podemos pensar numa solução muito engenhosa para solucionar nosso problema...!!!


Quer começar a plantar algum tipo de flor exótica e o clima não ajuda?

Faça isso sem dificuldades!
Fonte:Obvious

Blogue, a “moda” cibernética… que veio para ficar

Imagine que pode ter uma espécie de diário em que “despeja” o que lhe vai na alma para que outros saibam…


Isso é possível e tem um nome: blogue. A última mania a bordo da Internet.

Todos os dias aparecem on-line novos blogues qual “cogumelos cibernéticos”. Personalidades tão distintas como os escritores Pedro Mexia ou Miguel Esteves Cardoso ou os políticos Pacheco Pereira e Pedro Adão e Silva já aderiram à nova moda cibernética, que tem motivado os mais variados artigos de análise e também críticas na Imprensa mundial.

Nos blogues fala-se, discute-se, disserta-se, partilham-se sentimentos, paixões, opiniões, visões do Mundo, ideias políticas, cria-se polémica, contam-se histórias mais ou menos íntimas, mas, acima de tudo, tem-se a liberdade de exprimir tudo o que vai na alma. Serão os blogues apenas mais uma “moda” que veio para ficar? Mas afinal, o que é que são os blogues? E, na realidade, para que serve ter uma página blogue?...

O horizonte da educação global

O ensino e a educação devem transformar-se numa dupla dimensão: intelectual e prática.

Na primeira esfera, corresponde à escola uma renovação dos princípios que a inspiram, da sua filosofia e das linguagens com que trabalha.

Na segunda esfera, a escola deve empenhar-se numa transformação profunda ao nível das suas infra-estruturas, instrumentos, regras e normas.
Pode-se dizer que ambas tarefas equivalem a uma mudança profunda do seu ecossistema comunicativo.
As escolas - e os grupos formados dentro delas - têm de estabelecer sistemas de comunicação com o meio circundante e processar a informação do contexto de forma útil aos seus fins, projectando, simultaneamente, as suas mensagens para o exterior. Em termos efectivos, esta transformação significará um alargamento do espaço educativo.

Com uma nova filosofia educativa, um novo estilo e uma nova inteligência do sistema podem surgir do aproveitamento dos novos instrumentos mediáticos e informáticos. A educação em rede - via Internet, televisão, etc. -, a formação de novas comunidades de aprendizagem - dispersas no espaço -, a criação de enormes bases de matérias didácticos, disponíveis em qualquer hora e lugar, a integração de comunidades docentes - claustros virtuais - e a superação de barreiras que impediam a colaboração representam, com efeito, caminhos de progresso para um projecto de educação mais integral.

Pois, encontramo-nos, numa era em que que os desafios específicos da sociedade da informação se ligam com os desafios de sempre da Humanidade.

Fonte: Comunicação e Educação na Sociedade da Informação - Porto Editora (2007)

As formas de apropriação das TIC

Geralmente, distinguem-se três dimensões na apropriação das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação): uma dimensão subjectiva, uma dimensão cognitiva e uma dimensão de identitária.

  1. A dimensão subjectiva coloca a tónica na apropriação como «acto de se construir um "eu"», ou seja, acentua os centros de interesse do utilizador, as significações subjectivas de que a utilização de um objecto técnico se reveste para cada indivíduo, as formas particulares de utilização que ele imagina, a maior ou menor autonomia que ele demonstra.
  2. A dimensão cognitiva da apropriação, por seu lado, põe em evidência as formas particulares de aquisição de conhecimentos (descoberta das funcionalidades da ferramenta), de competências (aprendizagem do modo de funcionamento) e de habilidades práticas.
  3. A dimensão identitária constitui provavelmente aquela que suscitou mais pesquisas e reflexões, sem dúvida porque está relacionada com fenómenos muito ricos em significações: formação da identidade junto dos adolescentes, jogos de representações e de encenações do «eu» nos adultos, realização profissional através da utilização das TIC, etc.

Em que a identidade pessoal e a identidade social estão estreitamente interligadas...


Um primeiro exemplo, da dimensão identitária pode ser as mensagens de convívio, que surge com as comunidades telemáticas assentes em partilhas de afinidades, que também foram objecto de certas análises sociológicas minuciosas. Neste caso, a pertença a uma pequena comunidade telemática favorece o reconhecimento por parte dos outros, sedimenta, de certa forma, a identidade do grupo através da regularidade da prática. As regras de cooptação presidem à admissão no grupo, cioso de preservar a sua distinção e a sua originalidade em relação ao exterior.

O segundo exemplo da importância do fenómeno identitário que se pode citar é o dos internautas que praticam aquilo a que se chama permuta assíncrona, escrita e mediatizada no seio de um fórum público. Trata-se de utilizadores da Internet que, no seio de um fórum de discussão (newsgroups), discutem, não em tempo real, mas em diferido, e criam por vezes sítios pessoais que servem para se apresentarem.

O terceiro e último exemplo de etiquetagem social refere-se às diferenças observadas entre as práticas masculinas e femininas das TIC. As raparigas, demonstram menos curiosidade e entusiasmo do que os rapazes face a certos instrumentos de comunicação: as suas práticas articulam-se, de forma geral, em torno do sentimento de vínculo. Os rapazes também utilizam mais o computador que as raparigas, têm mais curiosidade pelas novas tecnologias, parecem ser mais habilidosos na manipulação dos equipamentos.

Apesar de as tecnologias de comunicação não terem «sexo», não são neutras: têm uma incidência nas práticas, como o demonstra o carácter socialmente sexuado da informática. Pode concluir-se que «os instrumentos de comunicação nos informam sobre o género, género esse que é construído por práticas sociais e culturais, no seio das quais as práticas de comunicação desempenham um papel central, tendo em conta o papel que desempenham na ocupação dos tempos livres».

Fonte: Sociologia dos Media - Porto Editora (2003)